Hormonioterapia em detalhe: o que é e como funciona?

Postado em: 04/02/2025

A hormonioterapia é um tratamento amplamente utilizado na oncologia para combater tumores sensíveis a hormônios, como os cânceres de mama e próstata. 

Hormonioterapia em detalhe_ o que é e como funciona

Essa abordagem busca bloquear ou reduzir a ação dos hormônios que estimulam o crescimento das células cancerígenas, oferecendo uma alternativa eficaz para o controle da doença.

Neste artigo, explicamos em detalhes o que é a hormonioterapia, como funciona, para quais tipos de câncer é indicada e quais são os seus efeitos no organismo.

O Que É a Hormonioterapia?

A hormonioterapia é um tratamento que age sobre os hormônios do corpo para impedir que eles estimulem o crescimento de células cancerígenas. 

Muitos tipos de câncer dependem de hormônios para se desenvolver, e essa terapia atua bloqueando ou reduzindo sua produção.

Esse tratamento pode ser realizado de diferentes formas:

  • Supressão hormonal – Redução da produção de hormônios pelo organismo.
  • Bloqueio da ação hormonal – Impede que os hormônios se conectem às células cancerígenas.
  • Interferência na produção de hormônios – Atua na glândula responsável pela produção hormonal.

A escolha da abordagem depende do tipo de câncer, do estágio da doença e das características do paciente.

Para Quais Tipos de Câncer a Hormonioterapia é Indicada?

A hormonioterapia é amplamente utilizada em cânceres que possuem receptores hormonais positivos, ou seja, aqueles que dependem de hormônios para crescer. Os principais tipos incluem:

1. Câncer de Mama Hormônio-Sensível

O câncer de mama pode ser classificado de acordo com a presença de receptores para estrogênio e progesterona. Quando esses receptores estão presentes, a hormonioterapia pode ser indicada para:

  • Reduzir o risco de recorrência após a cirurgia.
  • Diminuir tumores antes da cirurgia (terapia neoadjuvante).
  • Tratar o câncer metastático, controlando a progressão da doença.

2. Câncer de Próstata

O câncer de próstata frequentemente responde a hormônios masculinos, como a testosterona. A hormonioterapia pode ser utilizada para:

  • Reduzir os níveis de testosterona e impedir o crescimento do tumor.
  • Tratar o câncer metastático, retardando sua progressão.
  • Complementar outros tratamentos, como radioterapia.

3. Outros Tipos de Câncer

Além do câncer de mama e próstata, a hormonioterapia também pode ser usada em alguns casos de:

  • Câncer de endométrio
  • Câncer de ovário
  • Câncer de tireoide

Cada tipo de câncer tem abordagens específicas, sendo fundamental a avaliação do oncologista para definir o melhor tratamento.

Como Funciona a Hormonioterapia?

A hormonioterapia pode ser administrada de diferentes formas, dependendo do tipo de câncer e da estratégia de tratamento.

1. Medicamentos Orais

Muitos pacientes realizam a hormonioterapia por meio de comprimidos diários. Entre os principais medicamentos estão:

  • Inibidores de aromatase – Reduzem a produção de estrogênio.
  • Moduladores seletivos dos receptores hormonais – Bloqueiam a ação dos hormônios nas células cancerígenas.
  • Antiandrógenos – Impedem a ação da testosterona em tumores de próstata.

2. Injeções Intramusculares

Alguns tipos de hormonioterapia são administrados por meio de injeções que regulam a produção hormonal. Esse tipo de tratamento pode ser feito mensalmente ou a cada três ou seis meses.

3. Cirurgia Hormonal

Em alguns casos, a remoção cirúrgica das glândulas produtoras de hormônios pode ser indicada, como:

  • Ooforectomia – Remoção dos ovários para interromper a produção de estrogênio.
  • Orquiectomia – Remoção dos testículos para reduzir a produção de testosterona.

Essa abordagem é menos comum e geralmente reservada para casos em que outras formas de hormonioterapia não são viáveis.

Benefícios da Hormonioterapia

Os principais benefícios da hormonioterapia incluem:

  • Redução do crescimento tumoral.
  • Diminuição do risco de recidiva após a cirurgia.
  • Possibilidade de combinar com outros tratamentos para melhores resultados.
  • Opção de tratamento para pacientes que não podem realizar quimioterapia.

Apesar dos benefícios, é importante considerar os possíveis efeitos colaterais e acompanhar regularmente com o médico oncologista.

Efeitos Colaterais da Hormonioterapia

A hormonioterapia pode causar efeitos colaterais devido às alterações hormonais no organismo. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Ondas de calor e suores noturnos
  • Fadiga e fraqueza
  • Alterações no humor
  • Diminuição da libido
  • Perda de massa óssea

O manejo desses efeitos pode ser feito com mudanças na alimentação, atividade física e acompanhamento médico para avaliar possíveis ajustes na medicação.

Duração do Tratamento com Hormonioterapia

O tempo de tratamento com hormonioterapia varia de acordo com o tipo de câncer e o objetivo do tratamento. Em geral, os períodos podem ser:

  • Câncer de mama precoce – Tratamento por 5 a 10 anos.
  • Câncer de próstata – Terapia contínua ou intermitente, conforme o estágio da doença.
  • Câncer metastático – Uso prolongado para controle da progressão tumoral.

O acompanhamento médico regular é essencial para avaliar a resposta ao tratamento e ajustar a estratégia conforme necessário.

Quando a Hormonioterapia é Contraindicada?

Embora a hormonioterapia seja eficaz para muitos pacientes, algumas condições podem limitar seu uso, como:

  • Doenças cardiovasculares graves
  • Histórico de trombose
  • Osteoporose avançada
  • Efeitos colaterais severos

Nesses casos, o médico pode avaliar outras opções terapêuticas que se ajustem melhor ao perfil do paciente.

Conclusão

A hormonioterapia é uma estratégia fundamental no tratamento de diversos tipos de câncer hormônio-sensíveis. Seu funcionamento se baseia no bloqueio da ação ou na redução da produção de hormônios que estimulam o crescimento tumoral.

Cada paciente recebe um plano de tratamento individualizado, considerando fatores como tipo de câncer, estágio da doença e possíveis efeitos colaterais. 

Com acompanhamento médico adequado, a hormonioterapia pode trazer excelentes resultados, contribuindo para o controle da doença e melhoria da qualidade de vida.

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Responsável Técnico: 
Dr. Júlio César Prestes
Oncologista Clínico
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