Hormonioterapia: O que é e Como Funciona?
Postado em: 22/05/2024
A Hormonioterapia é muitas vezes utilizada como tratamento inicial ou como terapia complementar, dependendo do tipo de câncer, estágio da doença e características individuais do paciente.
Em certos casos, é usada como terapia adjuvante após o tratamento inicial para prevenir a recorrência dessa doença.
Continue com a leitura e para saber mais sobre essa abordagem e suas contribuições! Vamos lá?
O que é a hormonioterapia?
A hormonioterapia, também conhecida como terapia hormonal, é uma forma de tratamento oncológico que se concentra na manipulação dos níveis hormonais no corpo para controlar o crescimento e a disseminação de certos tipos de câncer que são sensíveis a hormônios.
Certos tcânceres, como os de mama e próstata, podem ser influenciados por hormônios naturais presentes no corpo, como estrogênio, progesterona ou testosterona. Esses hormônios podem estimular o crescimento de células cancerosas nesses órgãos.
Portanto, a “Hormonioterapia” busca bloquear os efeitos desses hormônios ou reduzir sua produção no corpo para controlar o crescimento do tumor.
Abordagens de hormonioterapia
Existem duas principais abordagens para a hormonioterapia no tratamento do câncer:
- Inibição hormonal: Essa estratégia envolve o bloqueio dos receptores hormonais nas células cancerosas para impedir que os hormônios se liguem a esses receptores e estimulem o crescimento do tumor. Por exemplo, no câncer de mama receptor positivo para hormônios, medicamentos como tamoxifeno ou inibidores da aromatase são usados para bloquear os receptores de estrogênio, reduzindo assim o estímulo para o crescimento do câncer.
- Supressão hormonal: Em certos tipos de câncer, como o câncer de próstata, que depende da testosterona para crescer, a supressão hormonal é realizada para reduzir os níveis de testosterona no corpo. Isso pode ser feito através de medicamentos conhecidos como agonistas ou antagonistas do hormônio liberador de gonadotrofina(GnRH), que diminuem a produção de testosterona pelos testículos.
Os possíveis efeitos colaterais da hormonioterapia variam de acordo com o tipo de medicamento utilizado, mas podem incluir sintomas semelhantes à menopausa (no caso de mulheres), alterações no humor, diminuição da libido, osteoporose, entre outros.
É essencial que o tratamento seja supervisionado por profissionais especializados, que acompanhem de perto o paciente para ajustar a terapia conforme necessário e gerenciar quaisquer efeitos.
É importante ressaltar que nem todos os pacientes experimentarão efeitos colaterais e, para muitos, os benefícios da hormonioterapia superam os possíveis efeitos adversos.
Como funciona a hormonioterapia na prática?
A hormonioterapia atua alterando os níveis hormonais no corpo para interromper ou reduzir o crescimento de certos tipos de câncer que são influenciados por hormônios. Ela pode ser administrada de diferentes maneiras.
As vias de administração da hormonioterapia incluem:
- Medicação oral: Muitos medicamentos hormonais são administrados por via oral, ou seja, tomados na forma de comprimidos ou cápsulas, o que permite que o paciente os tome em casa, seguindo as instruções do médico.
- Injeções: Alguns medicamentos hormonais podem ser administrados por injeção intramuscular ou subcutânea, com a periodicidade determinada pelo protocolo de tratamento.
- Implantes ou adesivos: Em alguns casos, implantes ou adesivos contendo hormônios podem ser utilizados para administrar a terapia hormonal.
Os mecanismo de ação podem contemplar:
- Bloqueio dos receptores hormonais: Alguns medicamentos, como os inibidores seletivos de receptores hormonais, agem bloqueando os receptores de hormônios nas células cancerosas, impedindo que os hormônios se liguem a esses receptores e estimulem o crescimento do tumor.
- Supressão hormonal: Outros medicamentos funcionam suprimindo a produção natural de hormônios. Por exemplo, no caso do câncer de próstata, medicamentos podem ser utilizados para reduzir a produção de testosterona.
O acompanhamento próximo com o médico especialista é fundamental para monitorar a resposta ao tratamento e gerenciar os efeitos colaterais, garantindo a segurança e o bem-estar do paciente durante o curso da terapia.
Por incrível que pareça, muitos tipos de câncer encontram na hormonioterapia um aliado poderoso. Desde câncer de mama até câncer de próstata e outros tipos sensíveis a hormônios, essa abordagem terapêutica oferece resultados encorajadores.
No Instituto de Oncologia São Roque, você realiza Hormonioterapia, contando com uma equipe qualificada. Entre em contato e agende sua consulta!
Dr. Júlio César Prestes
Oncologista Clínico
CRM 94131 | RQE 22648 / 18911
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